Praso não segue — nem quer seguir — os passos necessários para furar o mainstream, ou o proto-mainstream que vai crescendo no mercado português, mas a verdade é só uma: os principais rostos da cena também não conseguiriam fazer o que Praso Jones faz, em disco ou ao vivo, na zona ou pelo país fora"
Praso é sinónimo de rap. Membro fundador do colectivo Alcool Club (um dos projectos mais sólidos do rap português) e da label Artesanacto, a sua história remonta ao início da década de 2000, em Sines, onde começou a rimar após um primeiro contacto com o género a partir do disco “Rapública”. Em 2002, já com beats da sua autoria, lança o seu primeiro trabalho: “Praso – Prelúdio”. Desde então lançou 5 álbuns: “Focus 360º”, “Alma e Perfil” e “Caçador de Sonhos”. Em 2019 é editado “L.E.V. – Livre e Espontânea Vontade”, seguido de "Sui Generis".
Chegado à casa dos quarenta, Praso traz um estatuto urbano de topo, acolhendo, à data, jovens e emergentes talentos na sua editora Artesanacto — que provém do nome do disco dos Alcool Club -, entre eles Tommy El Finger (com quem fez “Sui Generis” em 2022), sanguiBom ou Sara D. Francisco. Trata-se de um ícone do rap português, não necessariamente na acidez das suas rimas, mas antes no diálogo da musicalidade agradável e prazerosa com a arma da palavra. Para além disso, é alguém que não está nas correntes dos mais badalados artistas do género, acabando por estar presente mais nas entrelinhas e em momentos de menor dimensão mediática, mesmo que a sua qualidade seja inquestionável.
Dia 5 Abril regressa ao Titanic, desta vez na companhia de Tommy El Finger, e de Cadreel e Lost, que vêem apresentar o seu novo lp "Mal interpretado"